domingo, 27 de setembro de 2009

Sobrinho desafia tio desembargador e diz: Não haverá intervenção na ALE



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Alagoas, 27 de setembro de 2009
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16/09/2009 06:53
Sobrinho desafia tio desembargador e diz: Não haverá intervenção na ALE

Ele não acredita que o presidente Lula concorde com o pedido
por Roberto Vila Nova

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ALE
Sobrinho desafia tio desembargador e diz: Não haverá intervenção na ALE

O advogado Richard Manso, sobrinho do desembargador Orlando Manso, se contrapõe ao tio e diz que o pedido de intervenção na Assembléia Legislativa é inconstitucional – e garante: não haverá intervenção na Assembléia.

Autor de várias ações populares contra os desmandos na administração pública em geral e crítico contundente da prática política nefasta no Estado, Richard tem manifestado suas opiniões em entrevistas e artigos nos jornais. Seus questionamentos têm gerado polêmicas e agora ele decidiu criticar o próprio tio.

O desembargador Orlando Mando pediu intervenção federal na Assembléia e o pleno do Tribunal de Justiça aprovou por unanimidade, para fazer cumprir sua sentença determinando o afastamento do deputado Cícero Ferro – que é acusado de ser o mandante da morte do vereador de Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, crime ocorrido há dois anos, e de posse ilegal de armas e munição para terceiros.

O pedido de intervenção segue agora para o Supremo Tribunal Federal, que julgará a procedência ou não e, caso concorde com o pedido, encaminhará à apreciação final do presidente Lula – que pode decretar ou não a intervenção.

- Não haverá intervenção – garantiu o advogado, invocando a Lei Infraconstitucional e a Constituição Federal, além das implicações internacionais que a intervenção acarreta para o País.

O advogado explicou que muitas transações comerciais do País terão de ser interrompidas por conta da intervenção e, por isso, não acredita que o presidente Lula concorde com o pedido – isto, se o próprio Supremo Tribunal Federal não negá-lo.

O desembargador Orlando Manso, diferentemente do entendimento do seu sobrinho, entende que o Supremo pode considerar o caso da Assembléia Legislativa de Rondônia, cujo presidente, deputado José Carlos de Oliveira, foi preso independentemente do que preconiza o Artigo 53, parágrafo 3º, da Constituição Federal – que diz: o deputado só pode ser preso em flagrante delito ou por crime inafiançável.

O entendimento do desembargador não leva em conta que, na ocasião, o Tribunal de Justiça de Rondônia e outros poderes enfrentavam problemas com a polícia federal – que prendeu um desembargador por corrupção. Assim, o Superior Tribunal de Justiça pôde decidir sobre o pedido de habeas-corpus para o deputado – que, pela lei, tem foro privilegiado no Supremo. E o STJ negou o habeas-corpus. Apesar dos problemas no Legislativo, a situação em Alagoas não é igual a Rondônia.

Quem está com a razão? O tio desembargador ou o sobrinho advogado?

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7 comentários

* Magno Buarque em 16/09/2009 às 13:58

quem é Richard Manso?...apenas isso.
* Eduardo Jorge em 16/09/2009 às 16:18

Sei lá nessa P..., só sei que estamos las...
* nidia em 16/09/2009 às 17:45

Não vai haver intervenção por quê. Na matéria não diz absolutamente nada. Onde estão os argumentos do Richard?
* marcelo em 16/09/2009 às 22:38

Richard Manso é um sobrinho do Orlando que não se falam a muitos anos. Ele gosta de aparecer contra o tio, deveria agradecer pela comida que compra hj foi o tio que deu.
* tal em 16/09/2009 às 23:02

O RICHARD E UM EXCELENTE ADVOGADO E NAO ESTA FALANDO ABOBRINHAS ELE SABE O QUE ESTA AFIRMANDO
* Vitor em 17/09/2009 às 05:44

Bob, seus comentaristas já foram melhores. Quanto ao Richard nesse ponto o mesmo tem razão, e não haverá intervenção nenhuma, com relação ao tão combativo Desembargador, o mesmo deveria ter colocado rédias em seu rebento quando ele tomou de assalto Paripueira,também ñ ví o Richard falar do primo.
* José Nicácio em 17/09/2009 às 23:59

Eu tive a oportunidade de ler a matéria - PARECER - do Dr. Richard Manso. Excelete e bem fundamentada, são mais de 30 laudas explicativas e elucidativas. Cópias dela, toda a imprensa recebeu pelos e-mail's, segundo vários jornalista me disseram E, cada deputado e Desembargador tem uma.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Do Blog do Jornalista Odilon Rios - Alagoas 24 Horas




http://www.alagoas24horas.com.br/blog/?vCod=52

TJ, MP e um plano de intervenção na Assembleia
12/09/2009

DE O JORNAL

A visita do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, a Alagoas na última sexta-feira começou uma contagem regressiva que trará riscos a Assembleia Legislativa: são as discussões sobre a intervenção na Casa de Tavares Bastos. É uma “tensão”, como disse Mendes, entre os poderes legislativo e judiciário. E para a montagem do documento, existe uma operação envolvendo todos os grupos do tribunal: o desembargador Orlando Manso quer colocar o pedido de intervenção, assinado e estudado por ele, na semana que vem em pauta no TJ. Até a semana passada, tinha dois votos: o da presidente, Elisabeth Carvalho do Nascimento, que só vota em um possível empate; e o corregedor, José Carlos Malta Marques. A desembargadora foi pessoalmente ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, na sexta-feira, para uma conversa com Gilmar Mendes, que desembarcou para assinatura de um programa de integração de ações entre STF e TJ, mas, na prática, tratou do assunto da intervenção. Ouviu na sexta a melhor declaração de apoio público à causa: “Determinação judicial se recorre, essa é a forma mais adequada de se criticar. Ao invés de se fazer pronunciamentos nas rádios, nos jornais ou nas rádios levar isso para o âmbito judicial. Essa é a forma mais efetiva de se fazer crítica ao Judiciário. Por isso estamos tendo essa estrutura hierárquica e se não houver recurso e o recurso não for acolhido, tem que se cumprir”. Era um recado a Assembleia, se insistir em não afastar deputado estadual acusado de pistolagem do cargo.

O ministro tentou, na sexta-feira, encontrar uma saída negociada para não se atingir a intervenção federal: “Há essa tensão aqui em Alagoas. Vou me informar sobre o assunto. Mas, acredito que há parâmetros para o tratamento destas questões e nós não precisamos pensar em medidas outras. O Estado de Direito tem força suficiente, regras suficientes para que sejam observadas e haja os mecanismos adequados de aplicação da lei, da Constituição. Vou me informar. Não estou devidamente informado em toda a extensão sobre os episódios aqui de Alagoas mas acredito que uma devida compreensão dos papéis do Judiciário, do Legislativo e do Executivo vai permitir uma solução adequada. No plano federal temos lidado com questões extremamente complexas e sem nenhuma rusga. Não há nenhuma ameaça de descumprimento, nem da nossa parte quando eventualmente sejamos contrariados”, explicou o presidente do supremo, na última sexta-feira.

No mesmo dia, a presidente do TJ enviou o recado aos deputados, através da imprensa: “O buraco sem fundo de Alagoas é a Assembleia. Tem suplente que chegou lá montado em uma bicicleta. Um mês depois, estava em uma Pajero. A Assembleia Legislativa tem o metro quadrado mais caro de Alagoas”.

“Melhor ser aprovado por unanimidade”

Na noite de sexta-feira, o desembargador Orlando Manso atendeu a telefonema de O JORNAL. Ele confirmou a entrega do pedido de intervenção a presidente do TJ. E disse ainda que existem duas possibilidades: a primeira é que Elisabeth Carvalho decida monocraticamente pela intervenção; a segunda possibilidade, disse Manso à reportagem, vem sendo trabalhada com mais força: que o pedido ser analisado pelo pleno, ou seja, todos os desembargadores. “Melhor que seja aprovado por unanimidade”, disse.

Para isso, ele recebeu um “reforço” do procurador-Geral de Justiça, Eduardo Tavares: “Ele apoia a intervenção”. Documentos foram anexados: os processos que apuram a morto do vereador de Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, em outubro de 2006, e por porte ilegal de armas. Nas duas ações, o alvo é o deputado Cícero Ferro (PMN).

“O que mais chateou foi a edição do decreto [que impede deputados de serem afastados dos cargos, mesmo com decisão judicial]. Nunca na História do Brasil isso aconteceu. Esse decreto é esdrúxulo. E ele nem vai apreciar ações futuras. Esse decreto me deixou estupefacto. É um decreto absurdo”, contou Manso.

Ouvidos por O JORNAL, quatro advogados têm posições diferentes sobre o pedido de intervenção federal em Alagoas. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Omar Coelho de Mello, disse que, por ser um ano pré-eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assina o pedido, segundo a Lei. Funciona assim, de acordo com o presidente: o TJ decide pela intervenção, o pedido “sobe” a Brasília, é posto em pauta e se houver decisão favorável no STF, vai para assinatura do presidente Lula. Caso decida que sim, é nomeado um interventor: a Mesa Diretora é destituída, o interventor afasta o deputado, a Mesa Diretora volta aos trabalhos. Então, o pedido de intervenção é “encerrado”.

“A Constituição de Alagoas diz que para afastar deputado tem que ter autorização da Assembleia”, explicou. “A intervenção federal não vem. Acho difícil porque existe um questionamento quanto a legalidade do ato”, contou. “Alguém acredita que em ano pré-eleitoral haverá intervenção na Assembleia?”, questiona o presidente da ordem.

Na segunda-feira, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Everaldo Patriota, vai conversar com o desembargador Orlando Manso, pouco antes da sessão do tribunal. “Vou me inteirar para saber quais argumentos usados pelo desembargador”, disse Patriota à reportagem.

“Isso tudo só revela que existe independência entre os poderes e que a Assembleia é legitimada pelo voto. A soberania popular é o que há de mais sagrado na democracia”. Ele citou que as casas legislativas, incluindo o Senado e a Câmara dos Deputados, não afastam parlamentares acusados em assassinatos. “Os legisladores de todo o Brasil não concedem licença para afastar parlamentar. A imunidade é para quê? Para crimes contra a vida?”, questiona.

O advogado Richard Manso, pós-Graduado e especialista em Direito Processual pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acredita que o STF não decretará intervenção federal. A explicação está em um simples decreto de prisão: “Existem apenas duas possibilidades de prisão de Parlamentar: A prisão em flagrante de crime inafiançável e a de decisão definitiva de condenação penal. Decisão judicial transitada em julgado não obsta a execução de penas privativas de liberdade definitivamente impostas aos membros do Congresso Nacional. Entendo que até nos casos de parlamentar devedor de pensão alimentícia, etc, no exercício do cargo, não pode ser preso”.

Assim, se a lei cria alternativas para não se prender um deputado, também traça caminhos para ele não ser afastado do cargo: “O que eu vejo é que não há constitucionalidade em decisões judiciais que visem restringir parlamentar de exercer seu cargo ou de até mandá-lo prendê-lo, salvo se autorizado pelo parlamento. Infelizmente, essa é a realidade inscrita em nosso ordenamento jurídico, porquanto é impossível se decretar a intervenção no parlamento alagoano sob a égide descrita no universo atual”, explicou.

Um dos coordenadores do Movimento Social de Combate à Corrupção Eleitoral (MSCC), Adriano Argolo, pensa diferente: “Decisão judicial não pode ser descumprida. Isso pode acarretar desmandos”, contou. Para ele, se houver intervenção federal, não será nomeado só um interventor: “Serão marcadas novas eleições. É assim que funciona”.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

NÃO CABE INTERVENÇÃO FEDERAL NA ALE - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE ALAGOAS - A PROIBIÇÃO É DA CF VIGENTE

Terça, 08 de Setembro de 2009

Política

17:56 - 08/09/2009 Deputados ignoram ameaça da ALE sofrer intervenção federal Após tornarem Ferro intocável, Orlando Manso ameaçou radicalizar Josenildo Törres
Deputados não falaram sobre o assunto durante em plenário
Deputados não falaram sobre o assunto durante em plenário

Mesmo diante da possibilidade da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) vir a sofrer uma intervenção federal, a pedido do desembargador Orlando Manso, os deputados estaduais não se intimidam e ignoraram a ameça. Nesta terça-feira, integrantes da oposição e da bancada do Governo preferiram não polemizar e silenciar sobre as afirmações do integrante do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), que não digeriu o fato do Legislativo ter tornado, “intocável”, o deputado estadual Cícero Ferro (PMN).

Primeiro, a ALE impediu que o deputado fosse afastado do cargo, como solicitou Orlando Manso, ao blindá-lo quanto ao assassinato do vereador Fernando Aldo. Isso porque, no inquérito policial, ele é apontado como o autor intelectual do crime, que ocorreu em Mata Grande, durante um carnaval fora de época. Já na semana que passou, mais uma vez Cícero Ferro foi protegido, depois que os deputados aprovaram resolução que impede o Legislativo estadual de cumprir qualquer determinação do Judiciário.

Assim, a segunda determinação para que Cícero Ferro seja afastado do cargo também não pôde ser cumprida, o que desencadeou a ira de Orlando Manso. E caso o desejo do integrante do TJ persista, o vice-presidente da ALE, deputado Alberto Sextafeira (PSB), já se colocou à disposição da Mesa Diretora para intermediar uma negociação com a presidente do Judiciário, desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento, uma vez que ela já recebeu o pedido de intervenção.



















POLÍTICA ALAGOAS 2010