25/07/2008 Celso Luiz pagou mais de R$ 1 milhão para eleger a esposa para o Tribunal de Contas
Mesmo sem mandato e indiciado pela Operação Taturana, que apura o desvio de R$ 300 milhões do duodécimo da Assembléia Legislativa, o ex-deputado e ex-presidente da ALE, Celso Luiz, pagou entre R$ 50 mil e R$ 200 mil para eleger a deputada Cláudia Brandão, sua esposa, conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
O valor foi pago a 11 dos 20 deputados que exigiram dinheiro para votar em Cláudia Brandão – que disputou a vaga no TCE, aberta com a aposentadoria do conselheiro Roberto Torres, contra cinco outros pretendentes.
A venda dos votos foi denunciada ao delegado federal Janderlyer Gomes – que ficou estarrecido. Em matéria publicada na edição desta semana, que já está nas bancas, o semanário ESSE dá detalhes da transação.
A esposa do ex-presidente da Assembléia foi eleita com 20 votos, mas, desses, apenas nove deputados não receberam dinheiro para votar nela. Os 11 deputados que ganharam dinheiro acertaram para o depósito ser feito em contas bancárias de laranjas – é o que a Polícia Federal acredita.
Apontado como um dos mentores do esquema que desviou dinheiro do duodécimo do Legislativo estadual alagoano, o ex-deputado Celso Luiz está ainda mais complicado no inquérito da PF – ele já foi indiciado e, agora, terá o sigilo bancário quebrado para se saber onde arranjou o dinheiro para comprar a eleição da mulher para o TCE.
A eleição da deputada Cláudia Brandão para o TCE custou mais de R$ 1 milhão e já se sabe que pelo menos dois deputado exigiram R$ 200 mil para votarem nela. Agindo dessa forma, em plena vigência da Operação Taturana, o que os senhores acham?
1) O ex-deputado Celso Luiz perdeu a noção do perigo?
2) O ex-deputado Celso Luiz desafia a Polícia Federal e a Justiça?
3) O ex-deputado Celso Luiz desdenha da sociedade?
4) O ex-deputado Celso Luiz acredita na impunidade? Postado por: Roberto Vila Nova às 15:38 10 Comentários 24/07/2008 Cláudia Brandão renuncia o TCE se for indiciada pela Federal
A deputada Cláudia Brandão vai depor nesta sexta-feira na Polícia Federal, que descobriu uma movimentação financeira dela no valor de R$ 300 mil – dinheiro desviado do duodécimo da Assembléia Legislativa.
Ela se elegeu em 2004 e está no primeiro mandato, mas está envolvida porque o marido também está; o ex-deputado Celso Luiz, ex-presidente da Assembléia, é apontado como um dos mentores do esquema que desviou cerca de R$ 300 milhões do Legislativo estadual alagoano.
Se for indiciada – e tudo indica que será – é o caso de indiciamento em família envolvendo marido e mulher. O indiciamento poderá levá-la a desistir de ser conselheira do Tribunal de Contas do Estado; se assumir o cargo perde a imunidade parlamentar e fica mais vulnerável.
A deputada vive uma situação complicada, porque se for indiciada – e tudo indica que será – poderá ser afastada. A sensação de se ver diante de um delegado federal inquirindo-a sobre o esquema fraudulento montado na Assembléia Legislativa tirou-lhe o sono.
Ela já sabe que não pode negar nada; a Polícia Federal já sabe que Cláudia Brandão é na verdade Maria Cleide Costa Bezerra – a mulher que a auditoria do Banco Central identificou como beneficiária de dois empréstimos no valor de R$ 150 mil cada.
Maria Cleide terá também de explicar porque adotou o nome Cláudia Brandão – que quase passou despercebida na investigação da PF.
Gente, a situação de Alagoas é mesmo inusitada porque tem dois conselheiros do Tribunal de Contas eleitos e nomeados – mas, os dois relutam em assumir os cargos pelos mesmos motivos de estarem na mira da Polícia Federal.
Mas, Alagoas ainda tem jeito.Postado por: Roberto Vila Nova às 21:34 33 Comentários 24/07/2008 Todo animal é racional, inclusive o homem que mata o homem por perversidade
O teiú pronto para a briga
O teiú pronto para a briga
A cadela que ajudou a salvar um bebê abandonado dentro de uma caixa de sapato, em Belo Horizonte, é para mim mais uma prova de que dona Gersina, minha professora no primário, estava errada quando me deixou de castigo por discordar da divisão entre animal racional e irracional.
Faz tempo, isso, e eu me segurei no exemplo que conhecia. Meu pai tinha uma vacaria e, como o gado era pouco, eu mesmo era o vaqueiro. Uma novilha arredia não obedecia a ninguém – só obedecia a mim. Precisei me ausentar devido a viagem com a banda do Colégio Batista que foi tocar em Piaçabuçu e o empregado, seu Agostinho, ficou sozinho.
Passei quinze dias com a banda; de Piaçabuçu fomos para União dos Palmares e, quando voltei, seu Agostinho estava internado no pronto socorro com um corte na cabeça e a novilha arredia tinha sumido; meu pai já tinha dado como perdida.
Graças a Deus seu Agostinho sarou; não era nada grave. E a novilha arredia eu resgatei no mangue apenas chamando seu nome – e ela veio cordeirinha. Trouxe-a de volta sem cabresto nem laço.
Quando a professora falou sobre a divisão entre animal racional e irracional eu discordei contando-lhe a experiência. Ela disse que era instinto e eu perguntei se o instinto fazia distinção entre quem podia e quem não podia se aproximar. Foi pior; fiquei de castigo, mas, não aprendi a lição – eu continuo discordando dessa divisão.
Tenho um amigo que cria um pit bul e eu não ouso entrar na casa dele sozinho. Mas, acompanhado desse amigo eu entro sem receio porque sei que o pit bul sabe que entrei com a permissão do dono dele. Recentemente, outra experiência veio reforçar essa tese. Foi no Sertão, quando presenciei a briga do teiú com a cascavel.
A cascavel dava o bote e o teiú reagia com a calda, depois corria até o pé de uma quixabeira para morder uma batata que cresce como hospedeira e voltava para brigar. A calda do teiú mede uns 60 centímetros e – pense! - a cascavel se ferrou. Perdeu a briga; o teiú matou a cascavel.
Eu fui verificar a batata. É uma espécie de batata-de-pulga, de paladar horrível, amarga, trava e fede, mas, é o antídoto ao veneno da cascavel. Caros internautas: quem foi que ensinou ao teiú que aquela batata de sabor horripilante contém o contra-veneno à picada da cascavel?
Pois é; quem foi o médico que ensinou o teiú a morder aquela batata todas as vezes que fosse picado pela cascavel? Alguém sabe?
PS – Pena que dona Gersina já não esteja entre nós. Queria lhe relatar essa outra experiência, ainda que me colocasse de castigo de novo.Postado por: Roberto Vila Nova às 16:00 11 Comentários 24/07/2008 Você vota em candidato que não fala sobre a Operação Taturana?
Quando a esquerda é direita
Quando a esquerda é direita O decano Geraldo Sampaio, o único político sem malícia que já conheci, disse que a partir de agora só vai apoiar candidato que apresentar o atestado de nada consta da Polícia Federal.
Alagoas vive um processo inusitado de depuração, um processo inacreditável que muitos ainda imaginam estar sonhando. Seria algo como o sonho impossível.
Mas, observem que esse processo é conduzido à revelia da classe política. À revelia até mesmo dos chamados partidos de esquerda – que estão todos em silêncio tumular e comprometedor; é como se todos – PCdoB, PPS, PT, PSB, PSOL, PSTU e PDT se sentissem acuados. Ou com sentimento de culpa, incapazes de reagir; mudos por conveniência ou por medo.
Onde estão os arautos da ética e da moralidade, que não se ouve mais os discursos anti-corrupção?
Caros internautas: os senhores terão coragem de votar em candidato que não fala sobre a Operação Taturana? Sim ou não?Postado por: Roberto Vila Nova às 11:30 30 Comentários
Mesmo sem mandato e indiciado pela Operação Taturana, que apura o desvio de R$ 300 milhões do duodécimo da Assembléia Legislativa, o ex-deputado e ex-presidente da ALE, Celso Luiz, pagou entre R$ 50 mil e R$ 200 mil para eleger a deputada Cláudia Brandão, sua esposa, conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
O valor foi pago a 11 dos 20 deputados que exigiram dinheiro para votar em Cláudia Brandão – que disputou a vaga no TCE, aberta com a aposentadoria do conselheiro Roberto Torres, contra cinco outros pretendentes.
A venda dos votos foi denunciada ao delegado federal Janderlyer Gomes – que ficou estarrecido. Em matéria publicada na edição desta semana, que já está nas bancas, o semanário ESSE dá detalhes da transação.
A esposa do ex-presidente da Assembléia foi eleita com 20 votos, mas, desses, apenas nove deputados não receberam dinheiro para votar nela. Os 11 deputados que ganharam dinheiro acertaram para o depósito ser feito em contas bancárias de laranjas – é o que a Polícia Federal acredita.
Apontado como um dos mentores do esquema que desviou dinheiro do duodécimo do Legislativo estadual alagoano, o ex-deputado Celso Luiz está ainda mais complicado no inquérito da PF – ele já foi indiciado e, agora, terá o sigilo bancário quebrado para se saber onde arranjou o dinheiro para comprar a eleição da mulher para o TCE.
A eleição da deputada Cláudia Brandão para o TCE custou mais de R$ 1 milhão e já se sabe que pelo menos dois deputado exigiram R$ 200 mil para votarem nela. Agindo dessa forma, em plena vigência da Operação Taturana, o que os senhores acham?
1) O ex-deputado Celso Luiz perdeu a noção do perigo?
2) O ex-deputado Celso Luiz desafia a Polícia Federal e a Justiça?
3) O ex-deputado Celso Luiz desdenha da sociedade?
4) O ex-deputado Celso Luiz acredita na impunidade? Postado por: Roberto Vila Nova às 15:38 10 Comentários 24/07/2008 Cláudia Brandão renuncia o TCE se for indiciada pela Federal
A deputada Cláudia Brandão vai depor nesta sexta-feira na Polícia Federal, que descobriu uma movimentação financeira dela no valor de R$ 300 mil – dinheiro desviado do duodécimo da Assembléia Legislativa.
Ela se elegeu em 2004 e está no primeiro mandato, mas está envolvida porque o marido também está; o ex-deputado Celso Luiz, ex-presidente da Assembléia, é apontado como um dos mentores do esquema que desviou cerca de R$ 300 milhões do Legislativo estadual alagoano.
Se for indiciada – e tudo indica que será – é o caso de indiciamento em família envolvendo marido e mulher. O indiciamento poderá levá-la a desistir de ser conselheira do Tribunal de Contas do Estado; se assumir o cargo perde a imunidade parlamentar e fica mais vulnerável.
A deputada vive uma situação complicada, porque se for indiciada – e tudo indica que será – poderá ser afastada. A sensação de se ver diante de um delegado federal inquirindo-a sobre o esquema fraudulento montado na Assembléia Legislativa tirou-lhe o sono.
Ela já sabe que não pode negar nada; a Polícia Federal já sabe que Cláudia Brandão é na verdade Maria Cleide Costa Bezerra – a mulher que a auditoria do Banco Central identificou como beneficiária de dois empréstimos no valor de R$ 150 mil cada.
Maria Cleide terá também de explicar porque adotou o nome Cláudia Brandão – que quase passou despercebida na investigação da PF.
Gente, a situação de Alagoas é mesmo inusitada porque tem dois conselheiros do Tribunal de Contas eleitos e nomeados – mas, os dois relutam em assumir os cargos pelos mesmos motivos de estarem na mira da Polícia Federal.
Mas, Alagoas ainda tem jeito.Postado por: Roberto Vila Nova às 21:34 33 Comentários 24/07/2008 Todo animal é racional, inclusive o homem que mata o homem por perversidade
O teiú pronto para a briga
O teiú pronto para a briga
A cadela que ajudou a salvar um bebê abandonado dentro de uma caixa de sapato, em Belo Horizonte, é para mim mais uma prova de que dona Gersina, minha professora no primário, estava errada quando me deixou de castigo por discordar da divisão entre animal racional e irracional.
Faz tempo, isso, e eu me segurei no exemplo que conhecia. Meu pai tinha uma vacaria e, como o gado era pouco, eu mesmo era o vaqueiro. Uma novilha arredia não obedecia a ninguém – só obedecia a mim. Precisei me ausentar devido a viagem com a banda do Colégio Batista que foi tocar em Piaçabuçu e o empregado, seu Agostinho, ficou sozinho.
Passei quinze dias com a banda; de Piaçabuçu fomos para União dos Palmares e, quando voltei, seu Agostinho estava internado no pronto socorro com um corte na cabeça e a novilha arredia tinha sumido; meu pai já tinha dado como perdida.
Graças a Deus seu Agostinho sarou; não era nada grave. E a novilha arredia eu resgatei no mangue apenas chamando seu nome – e ela veio cordeirinha. Trouxe-a de volta sem cabresto nem laço.
Quando a professora falou sobre a divisão entre animal racional e irracional eu discordei contando-lhe a experiência. Ela disse que era instinto e eu perguntei se o instinto fazia distinção entre quem podia e quem não podia se aproximar. Foi pior; fiquei de castigo, mas, não aprendi a lição – eu continuo discordando dessa divisão.
Tenho um amigo que cria um pit bul e eu não ouso entrar na casa dele sozinho. Mas, acompanhado desse amigo eu entro sem receio porque sei que o pit bul sabe que entrei com a permissão do dono dele. Recentemente, outra experiência veio reforçar essa tese. Foi no Sertão, quando presenciei a briga do teiú com a cascavel.
A cascavel dava o bote e o teiú reagia com a calda, depois corria até o pé de uma quixabeira para morder uma batata que cresce como hospedeira e voltava para brigar. A calda do teiú mede uns 60 centímetros e – pense! - a cascavel se ferrou. Perdeu a briga; o teiú matou a cascavel.
Eu fui verificar a batata. É uma espécie de batata-de-pulga, de paladar horrível, amarga, trava e fede, mas, é o antídoto ao veneno da cascavel. Caros internautas: quem foi que ensinou ao teiú que aquela batata de sabor horripilante contém o contra-veneno à picada da cascavel?
Pois é; quem foi o médico que ensinou o teiú a morder aquela batata todas as vezes que fosse picado pela cascavel? Alguém sabe?
PS – Pena que dona Gersina já não esteja entre nós. Queria lhe relatar essa outra experiência, ainda que me colocasse de castigo de novo.Postado por: Roberto Vila Nova às 16:00 11 Comentários 24/07/2008 Você vota em candidato que não fala sobre a Operação Taturana?
Quando a esquerda é direita
Quando a esquerda é direita O decano Geraldo Sampaio, o único político sem malícia que já conheci, disse que a partir de agora só vai apoiar candidato que apresentar o atestado de nada consta da Polícia Federal.
Alagoas vive um processo inusitado de depuração, um processo inacreditável que muitos ainda imaginam estar sonhando. Seria algo como o sonho impossível.
Mas, observem que esse processo é conduzido à revelia da classe política. À revelia até mesmo dos chamados partidos de esquerda – que estão todos em silêncio tumular e comprometedor; é como se todos – PCdoB, PPS, PT, PSB, PSOL, PSTU e PDT se sentissem acuados. Ou com sentimento de culpa, incapazes de reagir; mudos por conveniência ou por medo.
Onde estão os arautos da ética e da moralidade, que não se ouve mais os discursos anti-corrupção?
Caros internautas: os senhores terão coragem de votar em candidato que não fala sobre a Operação Taturana? Sim ou não?Postado por: Roberto Vila Nova às 11:30 30 Comentários
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