Polícia
Um dia depois de ser deflagrada a Operação Pesca de Bagre, onde agentes da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) cumpriram oito dos dez mandados de prisão, expedidos pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, um dos foragidos se entregou na sede da Diretoria de Recursos Especiais (DRE). Trata-se do ex-diretor de Finanças da Câmara Municipal de Pilar, Phylipe Avelino de Castro, que estava viajando ao Rio de Janeiro, segundo informou durante depoimento.
Ele foi submetido ao Exame de Corpo de Delito no Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima e levado para uma delegacia de Maceió, cujo nome não foi revelado pela PC/AL. Isso porque, só na segunda-feira o acusado deve ser encaminhado ao Sistema Prisional de Alagoas, segundo informou ao Tudo na Hora o delegado Paulo Cerqueira, que comandou a Operação Pesca de Bagre e que preside a Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic).
“Ele nega qualquer tipo de participação no esquema fraudulento, descoberto pelo Gecoc (Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas) e que foi o responsável por desviar cerca de R$ 2,6 milhões dos cofres públicos. Mesmo assim todos os índios da investigação realizada pelo grupo de promotores de Justiça apontam que ele também integrou o esquema”, frisou em entrevista ao Tudo na Hora, ao acrescentar que “falta prender, agora, Benedito Cavalcante de Barros Neto, filho do prefeito do Pilar, Oziel Barros”.
Entenda o caso
Após investigações iniciadas em 2008, quando o promotor de Justiça de Pilar era Eládio Estrela, que foi substituído por Delfino Rocha, descobriu-se um esquema fraudulento na Câmara de Pilar. A denúncia foi remetida ao Gecoc, cujos promotores que o integram se robusteceram de provas concretas sobre a operação criminosa, que teria desviado cerca de R$ 2,6 milhões do Legislativo Municipal.
O esquema, que era semelhante ao montado na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), pelos deputados taturânicos, levou a quadrilha a praticar diversos crimes, segundo o promotor do Gecoc, Hamilton Carneiro. Entre eles, destaque para “fraude em licitações, peculato, ordenação de despesas indevidas e desvio de recursos do duodécimo Legislativo”, discriminou o promotor.
Durante a operação foram presos os vereadores Patrícia Henrique Rocha, ex-presidente da Câmara; Roberto Cavalcante Silva, Damião dos Santos e Luiz Carlos Omena da Silva; os ex-vereadores José Hosano da Silva (ex-candidato a vice-prefeito), Amaro Veloso, Paulo Urbano Vieira, secretário municipal de Boca da Mata e Geraldo Cavalcante da Silva, atual secretário municipal de Turismo e Eventos.
Os detalhes, no Jornal da Pajuçara Noite, exibido às 20h15 pela TV Pajuçara.


Nenhum comentário:
Postar um comentário